sábado, 20 de novembro de 2010

UM ABAIXO À LEI DELEGADA DO ANASTASIA


Caros companheiros.
É por meio deste que venho relatar-lhes o absurdo que vem acontecendo no cenário político de Minas Gerais. O eleito próximo Governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, mal assumiu o cargo e já está colocando as “garrinhas” de fora. O sucessor de Aécio Neves quer governar o estado através de Lei delegada. Essa Lei consiste em o Legislativo autorizar que o governador editar leis que não precisam passar pela Assembléia (legislativo) para entrar em vigor. Anastasia mandou uma carta para a Assembléia Legislativa de Minas Gerais para que o “Legislativo renuncie ao direito de participar das novas reformas administrativas pretendidas pelo Estado. Isso porque a delegação é uma espécie de carta-branca ao Executivo”.
Um questionamento que tem sido feito, e que não deixa de ser verdade é que se é tão necessário fazer uma reforma na estrutura no Estado, por que não debatê-la com a sociedade e os servidores públicos, que são os mais interessados? Por que não encaminhá-las sobre a forma de projeto de lei pra Assembléia Legislativa?
Aécio Neves aprovou durante o seus 2 mandatos, 130 leis delegadas, o que penalizou muito os servidores públicos, principalmente pelo arrocho salarial, perda de direitos, queda da qualidade dos serviços prestados pelo Estado para a população, pois volta-se a criação de políticas públicas, leis, baseadas no achismo, e não de acordo com a realidade. Além de passar uma rasteira no processo que vem sendo implementado na Assembléia de incentivo à participação popular. Ou seja, pode-se dizer em resumo que a lei delegada fere o princípio da DEMOCRACIA que é garantido na Constituição Federal.
O QUE FAZER DIANTE DISSO, CAROS COMPANHEIROS DE LUTA???
Não podemos ficar parados diante de uma barbaridade dessas acontecendo debaixo das nossas narinas. Isso é um desrespeito a todas as lutas, aos movimentos, a cada cidadão. Não queremos a volta da ditadura, porque parece ser isso que o nosso “ilustre” governador deseja. Onde já se viu querer autonomia total para decidir sozinhos sobre leis, passando por cima do poder legislativo, da participação popular, do princípio democrático.`é preciso tirar essa bunda da cadeira, parar de só reclamar e partir pra ação.....

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO



Em uma bela manhã de domingo recebi de um amigo um delicioso bom dia, via MSN, seguido desse vídeo.  Um verdadeiro orgasmo matinal seguido de um sentimento de repulsa, de indignação. Feliz por perceber as grandes conquistas das lutas trabalhistas. O quanto o operário conseguiu se libertar e como a informação e liberdade de expressão são possíveis hoje. Porém indignada por perceber que muitas dessas conquistas foram disfarçadas pelo escárnio do capital, que manteve os operários presos com algemas disfarçadas de miseráveis barganhas.
 Mas a utopia de um mundo melhor é que nos faz caminhar e continuar nessa luta diária, de repassar o conhecimento, de causar no outro a indignação, que traz uma vontade de compreensão. “É fundamental compreender que a riqueza só pode ser produzida pelo trabalho”. E quando se produz mais do que a força de trabalho pode oferecer, é ai que acontece a exploração, o roubo, onde o patrão obtém o lucro às custas do trabalho alheio. “É necessário perceber essa economia básica para entender que o sistema capitalista se baseia no roubo, e por isso tenta se sustentar através da violência, uma vez que, por sistema lógico, não é capaz de faz-lo”. Por isso é importante estudar, compreender, construir uma consciência política, sensibilizar e mais do que isto, trazer a tona sentimentos humanistas, socialistas que têm a coletividade, igualdade, equidade como princípios fundamentais e reconhece o trabalhador como sujeito de si.
O capitalismo aliena e não deixa o operário, ou melhor, nós trabalhadores, seres humanos, percebermos a riqueza e a beleza do seu trabalho.  Aceita-se tudo,  e acaba-se  explorado, esquecido, humilhado porque não conhece seus direitos e não se reconhece no trabalho. E como disse Vinícius de Morais (em sua poesia citada no vídeo acima), é necessário compreender porque o tijolo vale mais que o pão. O operário faz a coisa e a coisa faz o operário. Tudo o que existia era o operário que fazia, com sua mão rude de operário. E quando o operário se reconhece, é nesse reconhecimento que se cresce, que se adquire uma nova dimensão, de poesia, de compreensão. O saber do operário irrita e ameaça o patrão e que por isso tenta dobrar-lhe com lorota e alienação, tenta comprá-lo com dinheiro, mulher, instigar a ambição. E se não se vende ele usa violência pra dominar a situação.
É importante notar coisas que antes não se dava atenção, e aprender a dizer não! Um NÃO contra o sistema, um NÃO contra a alienação, contra a exploração!
 “Não fique aguardando o tempo implacável fazer de tua existência a existência de um inútil, de um aborto ambulante, de uma triste tragédia na história do universo”. A luta é um processo diário. “E escolha é exclusivamente sua e intransferível!” Um obrigado aos amigos que contribuem com minha formação, pois é dividindo o conhecimento e repassando a informação que se contribui com o “operário em construção”.

Por Carol Garcia