quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O que é democracia?

Me perguntaram o que é democracia!?!! Em um país onde a democracia ainda não é plena e que temos que lutar por direitos básicos, é difícil responder... mas vou tentar!

Democracia é participação. Democracia não é só votar de 2 em 2 anos e sim participar ativamente da política (entendendo política como mais do que apenas eleição). É "quando todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis", nos conselhos, acompanhando as instâncias de poder, exigindo e participando de plebiscitos... Democracia é igualdade de acesso aos direitos constitucionais: habitação, saúde, educação, alimentação, assistência, transporte!


O Artigo 1º da nossa Constituição Federal de 1988, no parágrafo único, afirma que "TODO PODER EMANA DO POVO". Mas quando realmente o povo tem voz nesse país além de votar??  E mesmo assim votamos em quem aparece na mídia que na maioria esmagadora das vezes - 99% dos eleitos - são financiado por empresas. Então nem o sistema eleitoral é democrático. Se vamos pras ruas reivindicar alguma melhora, somos reprimidos na porrada! Vivemos uma falsa democracia! 

Porque? As pessoas não querem discutir política, e quando aparecem tentativas, mesmo que populares, são reprimidas pela própria população;

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. 
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Bertolt Brecht

A nossa ausência de participação na política do país tem tornado o sistema político cada vez menos democrático. Hoje é apenas representativa (elegemos os candidatos e só). Quantos plebiscitos o congresso organizou para consultar o povo se são a favou ou não de alguma privatização?? Ou quando nos consultou se estamos ou não satisfeitos com a saúde, com a educação?? Quem participa realmente dos orçamentos participativos?? O ultimo plebiscito organizado pelo congresso foi em 1993. E olha que isso ta na CF88...

Não to dizendo que vivemos em uma ditadura, pois muitos lutaram e morreram para termos algumas das liberdade que temos hoje. Mas ainda não vivemos em uma democracia plena. E para atingi-la temos que lutar, e uma alternativa são os plebiscitos de organização popular. 

Esse plebiscito é uma votação (consulta à população) para saber se as pessoas são à favor ou não de uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político (ou seja, assembléia onde pessoas serão eleitas exclusivamente para pensar e propor mudanças na constituição federal em pontos específicos que remetem ao sistema político como o sistema eleitoral, a mídia, o judiciário, os mecanismos de participação popular, das representações de negros, trabalhadores, mulheres, índios, jovens...).

Durante essa semana de 1 a 7 de setembro está ocorrendo votações em todo país com urnas em todos os estados e muitos municípios, escolas, igrejas, sindicatos. Participe você também!

quarta-feira, 22 de maio de 2013


Vale a pena divulgar uma coisa dessa! 

O problema da educação brasileira é que não existe educação, não há investimento real na educação! 
O problema é que no Brasil a educação é mercadoria e não um meio de incentivar a reflexão, ou um posicionamento crítico e político. A educação aqui é um mero meio de manter o povo na alienação diante desse sistema capitalista, imperialista.... neoliberal.!

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A educação latina em evidência: Cuba x Brasil

Cuba aparece nos dados comparativos da ordem mundial burguesa, como o primeiro país em controle do analfabetismo. Modelo educacional brasileiro é o oposto e está relacionado à vitória do capital transnacional
cubaeducacaoRoberta Traspadini*
(9’43” / 2.1 Mb) - Depois da queda do muro de Berlim e da ofensiva neoliberal na América Latina, propagandeia-se o fim do socialismo cubano e a vitória hegemônica do capitalismo monopólico transnacional.
Se é verdade que o fim Guerra Fria trouxe uma fragilização do socialismo real no âmbito mundial, também o é que o exemplo educacional cubano segue forte, na condução de um modelo educacional público, universalizado, gratuito e de qualidade.
1. O exemplo cubano:
A UNESCO, em seu relatório mundial sobre educação em 2011, fez uma radiografia do sistema cubano e explicitou porque este país é um exemplo concreto para o mundo de uma educação exitosa.
O artigo 205 da constituição cubana garante a educação pública, gratuita e de qualidade para todos os seus cidadãos, independente da posição socioeconômica na qual se encontram.
Mas é o artigo 39 o que chama mais atenção, quando afirma três princípios básicos revolucionários de uma educação de qualidade: a. Garantia de avanço na ciência e na tecnologia; b. Referencial marxista e martiano de ser social que se pretende formar; c. Demarcação da tradição pedagógica progressista cubana e universal.
Juntos, os dois artigos explicitam o teor do público-gratuito-de qualidade. A sustentação em conteúdo de um posicionamento político que garante o direito à reflexão crítica e à formação continuada, com centralidade dos gastos do governo em educação.
2. Os aspectos qualitativos dos dados cubanos
Com uma população de 11.247.925, Cuba conta com 2.193.312 matriculados nas respectivas faixas etárias educativas.
São 9.673 escolas públicas, 298.508 professores, 170 mil bolsistas, e 908 mil estudantes em escolas semi-internas.
Segundo os dados oficiais referentes a 2010 e 2011, formaram-se 85.757 cubanos, 23,4% em cursos técnicos, 31,4% em ciências médicas, 14,9% em pedagogia, 9.9% em economia e 20,4% em outras áreas.
A participação em cursos de pós-graduação em 2010 merece destaque. Havia mais de 500 mil cubanos matriculados em cursos continuados após a graduação. 307.932 em cursos gerais; 144.640 em mestrados e especializações; 41.048 em diplomados; 27.047 em profissionalizantes, 5.776 em doutorados.
Para isto, são gastos 30% do PIB cubano, que é de U$60 bilhões, com educação, saúde e garantias sociais.
Vale destaque a ação internacionalista de Cuba, que recebe na escola latino-americana vários filhos da classe trabalhadora, tanto para cursos da área de ciências e humanidades, quanto de ciências médicas.
Com uma política concreta de educação pública de qualidade, Cuba aparece, nos dados comparativos da ordem mundial burguesa, como o primeiro país em controle do analfabetismo e exportador do modelo de alfabetização “sí yo puedo”, em que, com recursos didáticos magistrais, ensina como ler nas letras o que já se lê no cotidiano.
Será o exemplo cubano um mero acaso? Um caso especifico? Ou será a confirmação da incompatibilidade entre desenvolvimento do capitalismo e pensamento crítico, com educação pública universalizada e princípios políticos claros sobre o ser social que se deseja (trans)formar?
3. E o caso brasileiro? O que temos a dizer?
O modelo educacional brasileiro é oposto de Cuba. O cotidiano manifesta, por si só, o fracasso da universalidade, gratuidade e supremacia do público no sistema educativo brasileiro, sendo oposto ao modelo cubano.
A atual falência do modelo brasileiro de educação está diretamente relacionada à vitória do capital transnacional na conduta política da ordem e do progresso brasileiro, a partir dos anos 90.
As reformas educacionais foram revendo os princípios constitucionais de garantia pública, gratuita e de qualidade, e direcionando seu sentido para a privatização da educação, cujo rumo é dirigido pelos princípios ético-morais do capital contando com o financiamento público, para a realização de sua orgia.
O vergonhoso piso mínimo salarial dos professores da educação básica e média, a política de contratação de temporários como regra e as inúmeras parcerias público-privadas são a gênese da atual educação “pública” brasileira.
Basta olharmos o cotidiano nacional de greves para constatarmos o absurdo. Nessa luta se insere a defesa dos 10% do PIB para a educação PÚBLICA.
O Brasil figura entre as sete maiores economias do mundo. O orçamento público de 2011 foi de aproximadamente R$1,5 trilhões. Deste total, 45% foram gastos com o pagamento de dívidas e amortizações e 3% foram gastos com educação, seja ela pública ou em parceria privada, segundo a auditoria cidadã da dívida.
O artigo 214 da constituição não prevê ser obrigação total do Estado a universalização da educação. Tem como objetivos a  erradicação do analfabetismo; universalização do atendimento escolar; melhoria da qualidade do ensino; formação para o trabalho; promoção humanística, científica e tecnológica do País; e estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.
Chama a atenção, na página do MEC, o financiamento da educação, FIES, como outro aspecto claro de mercantilização deste direito social.
4. Exemplos concretos de mercantilização da educação
Para fortalecer a campanha pela melhoria da educação em que o poder público não assume seu protagonismo, a organização Todos pela educação, apresenta-se como uma entidade-apoio ao desenvolvimento brasileiro. Entre seus mantenedores-parceiros estão: Instituto Camargo Corrêa, Santander, Fundação Bradesco, Rede Globo, Suzano Papel Celulose, Gerdau, Itaú BBA, Instituto Ayrton Sena, Faber Castell, BID, HSBC, etc.
O canal Agência do Estado noticiou, esta semana, a fusão entre dois grandes capitais da educação brasileira: Kroton e Anhanguera. Juntas, faturam anualmente R$ 4,3 bilhões, através das 800 unidades de ensino superior e as 810 escolas associadas distribuídas pelo País.
No site da Anhanguera lemos sua missão: “ser uma das maiores instituições de ensino superior do mundo e oferecer aos seus alunos a melhor relação custo versus qualidade”. Para isto, conta com financiamento, crédito educativo, e amplas formas de transações, enquanto uma empresa de capital aberto, para facilitar a permanência-conclusão dos estudantes no ensino.
No site da Kroton, além do mapa do Brasil ocupado pela empresa, reitera, via fundação Pitágoras, sua ação na “responsabilidade social”, tendo como parcerias para a auto-sustentação financeira: Embraer, Grupo Gerdau, Instituto Camargo Correia, Grupo Votorantim, Fundação Arcelor Mittal e Instituto Unibanco”.
5. Cuba x Brasil: dois modelos opostos de educação
A educação pública virou um grande negócio. Cantinas terceirizadas, venda de uniformes e de materiais escolares, sucateamento da merenda escolar. Isto, somado à falta de recursos para a qualificação profissional e às péssimas condições da superexploração da força de trabalho, mostra a real face mercantil da educação pública brasileira.
Esse Brasil da ordem e do progresso do capital transnacional evidencia o atual estágio de desenvolvimento do capitalismo brasileiro, em que a regra é a financeirização da riqueza e a internacionalização da produção-circulação das mercadorias, às custas de uma maior opressão das condições de vida da classe trabalhadora brasileira.
Entre o exemplo cubano e a realidade brasileira, façam suas escolhas. Nesse quesito, não tenho dúvida: sou cubana, bolivariana, latino-americana, na educação, na saúde, no modelo de desenvolvimento, antes que a morte anunciada pelo capital nos mate.
*Professora da ENFF e da UFVJM, integrante da Consulta Popular
02/05/13

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

De alguém sobre eu

Então...
receber boas palavras faz bem a qualquer ser humano..
Mas é muito bom qdo elas são sobre minha pessoa...
Agradeço de coração aos que o fazem...
merecem mesmo um abraço apertado e um bjim grandão!!
Dedico esse beijo especialmente ao doce a amável Flávio Maia que se
arriscou a fazer elogios em forma de poema!!
Adoroo!!

Quero passar um dia na praia com muito sol
Tomando água de coco e jogando futebol
Para não queimar minha pele eu vou passar sundown
Pra não ficar sozinho eu vou chamar a Carol

Carol é tímida
Delicada igual uma margarida
Com seu jeito de menina
Ela para a avenida


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Inspiração..

É... eu preciso voltar a escrever..
mas escrever o que??
falar de sonhos, de nuvens, de amores...
lutas, guerras, destino...
falta-me inspiração!
Inspire ações... expire versos!!
"viver e deixar acontecer"...

É... assim que os poetas fazem?
será que eles sabem o que vão escrever
ou simplesmente deixam acontecer??
a mão pega o lápis, o papel...
e a magia acontece.

É... Me lembro de minha vó que contava,
quantas cartas escreveu nos papéis de carta.
o borrão da caneta, o perfume, a emoção no papel.
a ansiedade de esperar a carta ser entregue...
A poesia corria as ruas...os amores eram reais e duradouros...!!

Hoje, os dedos tocam de leve o teclado,
as letras aparecem na tela.
A magia é a mesma??

Me arrisco como uma poeta do mundo virtual,

É... parece mais poético escrever no papel...
a tela não tem perfume...
não conheço os milhares de rostos que veem minha poesia.
Brincar com palavras e transformá-la em sentimento
deve ser para alguém especial, ou para alguns muitos que não vejo!?!?

É... tenho saudade mesmo dos tempos que não vivi.

(Carol Garcia)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Fale por SÍ..

Estava dando uma olhada nos blogs de amig@s (é sempre bom fazer isso, ver o que as pessoas escrevem. Você pode se surpreender!!). E eu me surpreendo sempre. Os verdadeiros poetas do mundo, a linguagem do povo. E em uma dessas surpeendisses, uma tal Priscila H. Souza fez um alerta sutil nas suas "conversas em lata" e que realmente me chamou a atenção. Porque em pleno século XXI, depois de tanta conquista e a principal delas, a de nos expressarmos livremente, ainda continuamos na insegurança de citar nós mesmos??? Será o medo do julgamento? Medo de expressar a criatividade? Somos ensinados desde cedo a podar a nossa criatividade...mas isso justifica? Medo de tentar, de romper barreiras? de navegar em mares desconhecidos?

A internet nos dá possibilidades de criar e divulgar, mas o que se vê muitas vezes são frases de autores conhecidos expressando sentimentos de corações dos desconhecidos aflitos que deixam de falar por si. Tá bom que os conhecidos "poetas" dos livros, da música tem frases realmente profundas, daquelas que você para e diz : "nossa! essa música ta falando o que eu to sentindo agora! foi feita pra mim!" Mas porque não escrever poemas ou fazer musicas para mim mesmo!!??... Ou escrever meus sentimentos para alguém ao invés de ctrlvezar C e V?? 
É HORA DE TENTAR, QUERIDOS COMPANHEIROS DE MUNDO!
Não precisa saber rimar...e só deixar que as palavras brotam do coração ou do fundinho da mente... as palavras estão ai...basta só colocá-las no papel, ou na tela.
ESSAS SÃO PALAVRAS ENCORAJADORAS. 
Como a P.H.S mesmo nos alerta: Clarice, Quintana, Chico, Elis, Meireles, Morais, Drummond....estes se arriscaram a citar eles mesmos...Então me desculpem sábios doutores das palavras, mas há poetas desconhecidos por ai, cheios de sentimentos, e feliz será o dia em aprenderão a citar as palavras de seus corações!

OBS: Só não se esqueçam que, ao citar alguém, deve-se citar também a referência do autor!! já que ta com preguiça ou medo de pensar e de se expressar,  pelo menos não cometa plágios!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Humor de verdade

Pelo humor limpo... e livre de apelações, palavrões, putaria... 
Charles Chaplin, Mr. Bean, Chaves, Chapolin, nunca precisaram disso pra fazer pessoas rirem por várias gerações... e não só por gerações, mas é tão bom que mesmo se você assistir 10 vezes, você ri da mesma forma. Não enjoa!! ... então, que sejam lembrados 4ever!! E que a mídia promova a qualidade do humor!



sexta-feira, 6 de julho de 2012

'Nós somos os filhos do meio da história, sem propósito ou lugar. Não tivemos Grande Guerra, não tivemos Grande Depressão. Nossa grande guerra é a guerra espiritual, nossa grande depressão é a nossa vida. Fomos criados pela televisão para acreditar que um dia seríamos ricos, estrelas de cinema e do rock. Mas não seremos. E estamos aos poucos aprendendo isso. E estamos muito , muito revoltados.'


Fight Club