quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Dilma: presente natalino aos Nordestinos.



Roberto Malvezzi (Gogó)

O presente da presidente Dilma ao povo do semiárido nesse Natal já está decidido: uma cisterna de plástico.
A presidente é uma excelente gerente, pessoa íntegra e acima de qualquer suspeita. Quando criou o “Água para Todos” nos encheu de alegria. Afinal, agora iríamos acelerar a construção das cisternas para beber e produzir. Mas, a presidente preferiu doar centenas de milhares de cisternas de plástico para os nordestinos. Descartou o trabalho histórico da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) e vai trabalhar exclusivamente com os estados e municípios.
Claro que essa decisão está acima de qualquer interesse eleitoreiro, ou dos coronéis do sertão, ou dos 10% das empresas fabricantes do reservatório. Dilma é uma mulher honrada.
Claro que os empresários enviarão junto com as cisternas pedagogos, exímios conhecedores do semiárido, que farão a educação contextualizada realizada a duras penas por milhares de educadores da ASA. Esses pedagogos evidentemente conhecem o semiárido, o regime das chuvas, a pluviosidade de cada região, como se deve cuidar dos telhados, das calhas. Irão pelo sertão, pelas serras, pelos brejos, gastarão dias de suas vidas em meio às populações para realizar com um cuidado sacerdotal as tarefas que a questão exige.
Claro que os políticos farão, antes de entregar as cisternas, uma crítica ao coronelismo nordestino, ao uso da água como moeda eleitoral, afinal, já superamos os períodos mais aberrantes da política nordestina.
Quando a cisterna quebrar os pedreiros capacitados saberão reparar os estragos, sem depender da empresa e as cisternas de plástico não virarão um amontoado de lixo no sertão.
As empresas também enviarão agrônomos para dialogar com as comunidades como se faz uma horta com a água de cisterna para produção, uma mandala, uma barragem subterrânea, uma irrigação simples por gotejamento. Claro, o interesse das empresas e dos políticos é continuar o trabalho pedagógico da ASA tão premiado no Brasil e outros lugares do mundo.
Não temos, portanto, nada a protestar. A presidente e a ministra Campello são exímias conhecedoras do Nordeste, mesmo tendo nascido no sul e sudeste. Conhecem cada palmo de da região, dessa cultura, cada um de seus costumes. Claro que não nos enviarão mais sapatos furados, roupas rasgadas em tempos de seca, como acontecia antigamente. Até porque o trabalho da ASA eliminou as grandes migrações, a sede, a fome, as frentes de emergência e os saques. Mesmo não sendo nordestinas, nem jamais tendo vivido aqui, conhecem a região melhor que o povo que aqui nasceu ou aqui habita. Portanto, gratos por tanta generosidade.
Vamos conversar com os milhões de beneficiados envolvidos na convivência com o semiárido. Eles vão entender as razões da presidente e da ministra e vão retribuir com a generosidade que lhes é peculiar.
O povo do semiárido jamais esquecerá que, no Natal de 2011, ganhou como presente da presidente Dilma Roussef uma cisterna de plástico.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Viver DesPenTEAdA

Hoje eu aprendi que é importante deixar que a vida te despenteie. Por isso decidi viver a vida com mais intensidade...
                  O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é gostoso, engorda. o que é lindo, custa caro.
o sol que ilumina o teu rosto, enruga.
E o que é realmente bom nesta vida, DESPENTEIA...
- fazer amor... despenteia.
- rir às gargalhadas, despenteia.
- viajar, voar, correr, entrar no mar...despenteia.
- tirar a roupa, despenteia.
- Beijar a pessoa amada, despenteia.
brincar, despenteia.
- cantar até ficar sem ar, despenteia.

                   Então, como sempre, cada vez que nos vejamos eu vou estar com o cabelo bagunçado... mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz de minha vida. É a lei da vida: sempre vai estar despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir.

              Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável, toda arrumada por dentro e por fora.
O aviso das páginas amarelas deste mundo exige boa presença: arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique séria...e talvez deveria seguir as instruções, mas QUANDO VÃO ME DAR A ORDEM DE SER FELIZ???
Por acaso não se dão conta que pra ficar bonita eu tenho que me sentir bonita...!!
A PESSOA MAIS BONITA QUE POSSO SER!!!

                O único, o que realmente importa é que ao me olhar no espelho, veja a mulher que devo ser. por isso minha recomendação a todas as mulheres:
Entregue-se, coma coisas gostosas, beije, abrace, dance, apaixone-se, relaxe, viaje, durma tarde, pule, acorde cedo, corra, voe, cante, arrume-se para ficar linda, arrume-se para ficar confortável... e acima de tudo: DEIXE A VIDA TE DESPENTEAR!!!

O pior que pode acontecer é que, rindo na frente do espelho, você precise se pentear de novo....

(autor desconhecido)




segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Presente de um bom amigo




"Ela era uma garota de cabelos acajú,
A conheci num corre corre pelo mundo.
Estava sempre com um sorriso estampado,
Ia subindo em outro rumo.

E eu sempre todo dia na lida de trabalhador,

Fosse em picadas ou estradas,
Fazendo meu caminho futuro.
E um dia encontrei essa garota por ai...
Com um sorriso me encantou,
E perdi meu rumo."

                        (poema escrito por Gustavo, mais conhecido como Barba Tosca
ou apenas Gus, como eu prefiro carinhosamente chamá-lo).

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

"As utopias podem voltar, porque não estão em nenhum tempo ou lugar, fazem parte da condição humana..."
"Vá em busca de seu povo,
Ame-o;
Aprenda com ele;
Planeje com ele;
Sirva-o;
Comece com aquilo que ele sabe,
Construa sobre aquilo que ele tem."

                            (Kwame N'Krumah)

domingo, 6 de novembro de 2011

Poema de LÊNIN



"O poema foi escrito durante a primavera de 1907, ano em que Lênin passou em Selvista, aldeia da Finlandia. Ali pode descansar um ano e meio da intensa atividade política quase sempre na clandestinidade. Durante sua estadia na aldeia manteve grandes discussões sobre literatura revolucionáría e criação poética com Piotr Al. Para ilustrar essas discussões Lênin escreveu em três dias este poema. Esse poema seria publicado na revista de Ginebra Raduga (Arcoiris) dirigida por Piotr Al, mas a publicação se desfez antes de incluir em suas páginas este poema que seria assinada por “Um russo”.
Literariamente não é muito valioso, mas é uma peça importante pra compreender esse grande pensador russo e como ele enxergava a revolução de 1905. Até onde vi, esta é a primeira tradução para o português.
O único poema de Lênin conhecido"

Tempestuoso ano aquele
Atrás do carro da liberdade,
e brandando a bandeira vermelha
fluiam multidões semelhantes a rios,
como o despertar das águas com a primavera.
Os estandartes vermelhos palpitavam sobre o cortejo,
se elevou o hino sagrado da liberdade
e o povo cantou com lágrimas de amor
uma marcha fúnebre para seus mártires.
Era um povo jubiloso,
seu coração transbordava de esperanças e de sonhos,
todos criam na liberdade que viria,
desde o sábio ancião até o adolescente.
Mas o despertar segue sempre ao sonho.
A realidade não tem piedade.
E à beatitude das fantasias e da embriaguez
segue a amarga decepção.
As forças das trevas se agarravam nas sombras,
arrastando e vaiando o povo. Esperavam.
E repentinamente fundiram seus dentes e suas navalhas,
nas costas e nos calcanhares dos valentes.
Os inimigos do povo, com suas bocas sujas,
Bebiam o sangue quente e puro
quando os inocentes amigos da liberdade
esgotados por penosas caminhadas,
foram pegos de surpresa, sonolentos e desarmados.
Se esfumaram os dias de luz,
os substitui uma série interminável e maldita de dias negros.
A luz da liberdade e os sol se extinguiram.
Um olhar de serpente espreita nas trevas.
Os assassinos sem escrúpulos, os progroms, o lodo das denúncias,
(progrom: assassinato e saqueio de judeus)
são proclamados atos de patriotismo,
e o rebanho negro se regozija
com um cinismo sem freio,
Salpicada com o sangue das vítimas da vingança,
mortas com um pérfido golpe
sem razão nem piedade,
vítimas conhecidas e desconhecidas.
No meio de vapores de álcool, madizendo, mostrando o punho,
com garrafas de vodka nas mãos, multidões de pilantras,
Correm, como um tropel de bestas,
Fazendo soar as moedas da traição,
E bailam uma dança de apaches.
Mas Emilinho, o pobre idiota,
(Yemelia:diminutivo de Yemelian (Emiliano), entre os russos é sinônimo de idiota)
a quem as bombas tornaram mais tonto e assustadiço, treme como um rato,
E em sua festança ajeita com aprumo a insígnia dos Cem Negros.
(Cem Negros:partido czarista, policial, anti-semita e reacionário, precursor russo do nazismo)
A risada lúgubre das corujas e das rapinas noturnas
Ressoam na escuridão das noites, anunciando a morte da liberdade e da alegría,
E um Inverno cruel, com a neve tempestuosa,
Vem do reino dos gelos eternos.
Com suas neves espessas, semelhantes a uma mortalha branca,
O inverno voltou ao grande país.
Atando a Primavera com correntes de gelo,
O frio-verdugo lhe deu morte antes do tempo.
Como manchas de barro, por aqui e por ali, aparecem
As pequenas ilhas negras das aldeias miseráveis sepultadas abaixo das neves.
A fome junto à miséria e ao frio pálido
Por toda parte se protegem nas moradas pestilentas.
Através da planura da neve sem fim,
Através das estepas, sem medida nem limite,
Onde o verão o vento ardente traz consigo um calor tórrido,
Nefastos temporais de neve vão e vêm como brancos pássaros de rapina.
A tempestade uiva como uma besta selvagem e de pele emaranhada,
Precipitando-se sobre tudo que conserve uma gota de vida,
E voa, com estrépito, como uma terrível serpente alada,
Para apagar da face da terra todo rastro de vida.
A tempestade dobra as árvores, quebra os bosques,
Amontoa a neve nas montanhas geladas.
Os animais se protegem em suas tocas.
Desapareceram as veredas e o viajante é engolido sem deixar rastros.
Magros lobos aparecem, famintos,
Erram sobre os passos da tempestade,
Ferozes, à presa se conduzem un aos outros,
Uivam à lua, e todo o vivo treme de espanto.
A coruja ri, o lechy selvagem golpeia as mãos.
(Lechy: espirito do bosque segundo os contos populares russos)
Ébrios, os demônios negros giram en torvelinho
E fazem estalar os ávidos lábios: sentem o cheiro de uma grande matança
E esperam o sinal sanguinolento.
O gelo cobre tudo, morte em todas partes, tudo jaz rígido.
Toda vida parecia esfumada,
Uma fossa comum o mundo inteiro, uma fossa única.
Nem sequer as sombras da vida livre e luminosa.
Mas é ainda cedo para que a noite triunfe sobre o día,
Para que a sepultura celebre sua festa de vitória sobre a vida
Ainda debaixo das cinzas se incuba a faísca.
A faísca que a vida reanimará com seu sopro.
A flor da liberdade quebrada e desonrada
foi pisoteada e morta está para sempre.
Os negros se regozijan ao ver aterrado o mundo da luz,
Mas na terra natal o fruto desta flor já espera no subsolo.
Nas entranhas da mãe o grão milagroso
Misterioso se conserva e invisível;
Há de ser alimentado pela terra, se reanimará na terra,
Para renascer para uma vida nova.
Levará o germe ardente da nova liberdade,
Fundirá a crosta do gelo, a fenderá,
Crescerá e -árvore gigante- iluminará o mundo com sua folhagem vermelha,
O mundo inteiro surgirá a sua luz, e debaixo de sua sombra
congregará a todos os povos.
As armas, irmãos! A felicidade está próxima! Coragem! Ao combate!
Adiante!
Desperta vossos espiritos! Expulsa de vossos corações o medo covarde e servil!
Estreita vossas filas! Todos unidos contra os tiranos e os amos!
A sorte da vitoria está em vossas poderosas mãos de trabalhadores!
Coragem! Este tempo de desgraças passará rápido!
Os levanta como um só contra os opressores da liberdade!
A Primavera chegará … se aproxima … já vem.
A vermelha liberdade, tão bela, tão desejada, caminha até nós!
Autocracia
Nacionalismo
Ortodoxia
Já demonstraram irrefutavelmente suas altas virtudes:
Em seu nome se nos golpeava, se nos golpeava, se nos golpeava,
Até o sangue mesmo se castigava aos mujiks,
(mujiks: campesinos russos)
Se os quebravam os dentes,
Se sepultava aos homens nos presidios, encarcerados,
Se saqueava, se assassinava,
Para nosso bem, segundo a lei,
Para a glória do Czar e para a saúde do Império,
Os servidores do Czar davam de beber aos verdugos,
Com a vodka do Estado e o sangue do povo
Seus soldados regalavam a seus corvos de rapina.
Se dava de beber aos executores das altas ordens,
Se alimentava a seus corvos de rapina
Com os cadáveres ainda tibios dos escravos rebeldes
E com os cadáveres dóceis dos escravos mais fiéis.
Com uma oração ardente, os servidores de Cristo
Regavam de agua benta um bosque de horcas.
Hurra! Viva nosso Czar!
Com seu nó de marinheiro bem ensaboado e bem benzido!
Viva o escudeiro do Czar,
Com seu chicote, seu sabre e seu fusil!
Soldados, afogai vossos remorsos
Em um pequeno copo de vodka!
Disparai, valentes, sobre as crianças e sobre as mulheres!
Matai o maior número possível de vossos irmãos para divertir ao papaizinho.
E se teu própio pai cai sobre tuas balas,
Que se afogue em seu sangue, vertido pela mão de Caim!
Embrutecido pela vodka do Czar,
Mata a tua própia mãe, sem piedade!
O que temes tu?
Não é aos japoneses, a quem tens a sua frente.
Não temes senão a teus próximos, a teus própios familiares,
E eles estão de todo desarmados.
Uma ordem se te dá, valete do Czar.
Sê como antes uma besta de carga, escravo eterno,
Enxuga tuas lágrimas com tua manga
E golpeia o solo com tua testa!
Oh, povo, fiel, feliz
Amado pelo Czar até a morte,
Suporta tudo e obedece até a morte …
E fogo! Chicote! … Golpiai … !
Deus: protege o povo,
Poderoso, majestoso!
Que nosso povo reine, fazendo suar de medo aos czares!
Com sua tropa sem glória Nosso Czar está desencadeado (desprotegido?),
Com sua matilha de servidores desprezados
Os lacaios sujos se festejam
Sem lavar o sangue de suas mãos.
Deus: protege o povo
Durante os dias sombrios!
E tu, povo, protege a Bandeira Vermelha!
Opressão sem limite!
Chicote da polícia!
Tribunais de sentenças súbitas
Como as salvas das metralhadoras!
Castigos e fusilamentos,
Horrível bosque de forcas
Para castigar vossas rebeldias!
Lotadas estão as prisões,
Os deportados sofrem infinitudes,
As selvas desgarram a noite,
os abutres se saciam.
A dor e o duelo
Se estendem sobre o país natal.
Nem uma família alheia ao sofrimento!
Festeja com teus verdugos,
Déspota, teu banquete sangrento,
Roe, Vampiro, a carne do povo,
Com teus cães insaciáveis!
Semeia, Déspota, o fogo!
Monstro, bebe nosso sangue!
Levanta-te, Libertai!
Flameja, Bandeira Vermelha!
Vinga-os, castigai,
Torturai-nos uma última vez!
A hora do castigo está próxima!
Ja chega o tribunal. Saiba disso!
Pela liberdade
Iremos à morte, à morte,
Tomaremos o poder e a liberdade,
E a terra será do povo!
No combate desigual
Cairão vítimas sem nome!
Pelo trabalho livre,
Seus olhares flamejam ameaças.
Se lançam até o céu,
Eterno carrilhão do trabalho!
Golpeia, martelo, golpeia para sempre.
Pão! Pão! Pão!
No combate desigual
caíram vítimas sem nome pela libertação do trabalho.
Seus olhares flamejam ameaças…
Marchai, marchai, campesinos!
Vós não podeis viver sem a terra.
Os expulsaram os senhores,
os oprimirão ainda por muito tempo?
Marchai, marchai, estudantes!
Muitos de vós serão ceifados na luta.
Fitas vermelhas envolverão os ataúdes dos que caírem!
Marchai, marchai, famintos!
Marchai oprimidos!
Marchai humilhados!
Até a vida livre!
O jugo das bestas reinantes é nossa vergonha!
Expulsemos aos ratos de suas tocas!
Ao combate, proletário!
Abaixo todos os males!
Abaixo o czar e seu trono!
Já brilha a aurora da liberdade estrelada
e expande sua chama.
Os raios da felicidade e da verdade
aparecem ante os olhos do povo.
O sol da liberdade
nos iluminará através das nuvens.
O canalha do Czar,
“Debaixo das patas dos cavalos com eles!”,
Dirá a poderosa voz de toque ao rebanho
Glorificando a liberdade.
Destruiremos as abóbadas das prisões.
A justa cólera está rugindo,
A bandeira da libertação
Conduz a nossos combatentes.
Tortura, Okhrana,
(Okhrana:polícia secreta czarista)
Chicote, cadafalso, abaixo!
Desacorrenta-te, combate de homens livres!
Morte aos tiranos!
Extirpemos pela raiz
o poder da autocracia.
Morrer pela liberdade é uma honra,
viver em correntes uma vergonha!
Deitemos por terra a escravidão,
a vergonha do servilismo.
Oh, liberdade, nos dê
a terra e a independência!


JORNAL BRASIL DE FATO
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ser ou não ser!!!??

A vida da muito tapa na cara de gente....que nos coloca em crise toda hora.... um esforço tão grande pra se formar politicamente pra uma tomada e formação de consciência...mas as vezes fico pensando se ser alienado num seria melhor! parece que dói menos quando se tem menos clareza da exploração. SER OU NÃO SER ALIENADO?!?!? Pior ainda quando esse sentimento de pertença pelo coletivo é tão grande que se fica vendo os companheiros na inércia, reclamando de tudo mas incapazes de propor ou de tirar a bunda da cadeira... e vc não consegue fazer nada, se sente amarrado, ou um inútil. É como ficar batendo a cara na parede ...e essa dor aumenta e a crise aumenta...e isso vira uma bola de neve...e parece que não vamos mais aguentar e da vontade de chorar, de jogar tudo pro alto, mandar todo mundo tomar no cu.... haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.... mas ai vc VÊ outros companheiros na mesma situação que vc... outros compas em movimentos, o povo em movimento, os movimentos em movimento...na luta.... e finalmente minha alma se acalma...o choro passa, é um conforto, mesmo que temporariamente....fico realmente feliz em saber que a esperança está presente em outras mentes e corações.....













sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Com quem eu me importo???


Bertold Brecht:

"Primeiro levaram os negros.
Mas não me importei com isso.
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários.
Mas não me importei com isso.
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis.
Mas não me importei com isso,
porque eu não era miserável.
Depois agarraram uns desempregados.
Mas como tenho meu emprego.
Também não me importei.
Agora estão me levando. Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo".

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

AMIGO ESTOU AQUI


Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Se a fase é ruim
E são tantos problemas que não tem fim
Não se esqueça que ouviu de mim
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Os seus problemas são meus também
E isso eu faço por você e mais ninguém
O que eu quero é ver o seu bem
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Os outros podem ser até bem melhores do que eu
Bons brinquedos são
Porém
Porém, amigo seu é coisa séria
Pois é opção do coração (viu?)
O tempo vai passar
Os anos vão confirmar
Às três palavras que eu proferi
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui

 (música de abertura do filme Toy Story)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

COISAS QUE ODEIO

Odeio capitalismo e todas as formas de opressão..
odeio o machismo, a homofobia, o racismo..
qualquer forma de pré-conceito..
Odeio as desigualdades,
a fome e a miséria.
odeio o egoísmo
a intolerância
a falta de atitude,
a cobrança inadequada...
Odeio a falta de compreensão
e os que não compreendem as diferentes formas de felicidade e de amor.

Odeio o consumismo e suas futilidades..
Ódio da moda que enquadra as pessoas em modelos
o que acaba estigmatizando os diferentes.
Odeio os padrões.
Odeio o desrespeito,
 as falsas amizades e os falsos amores.
odeio a fragmentação da esquerda!!

Odeio os que pensam que o mundo gira em torno de si.
Odeio me sentir só mesmo perto de pessoas e
odeio a solidão e o medo de terminar a vida assim.
odeio a ignorância e os que insistem em se manter assim.
odeio julgamentos injustos..
e tudo que destrói o mundo.
As vezes acho que odeio o mundo!!!

Odeio sentir ódio,
mas a vida ultimamente tem feito eu me sentir assim...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

"Aos Poucos, aquela menina ingênua acaba se transformando em outro tipo de pessoa.
Agora, ela é a menina que quer confiar nas pessoas, mas não quer ser passada para trás,
que teve que ficar esperta, mas no fundo gostaria de ser bobinha como antes...
Uma menina que tenta não se importar tanto, que quer gritar, impor respeito,
mas ainda tem no peito aquele coração mole, impedindo-a de ser tão racional.
Uma menina que se sente mal em ter que desconfiar,
mas sabe que é necessário.
Uma menina que só quer o gosto da chuva, o vento no rosto,
a música alta, a vida cercada de gente confiável!
Gente que a salvaria de um abismo se fosse preciso,
que ela possa fechar os olhos e agradecer a Deus
por ter certeza de que pelo menos ali, no coração,
têm pessoas que realmente se importam, que realmente amam.
Pessoas às quais ela vai proteger com tudo que tiver.
Ela é a junção de muitas meninas,
mas definitivamente, agora ela é mulher!"


M. Aubasi

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

XIV SNFPMESS




Este é um espaço privilegiado dentro do Movimento Estudantil de Serviço Social. É o espaço político de troca das produções acadêmico-científicas dos estudantes de SS acerca dos mais diversos temas, contidos nos eixos. Os desse ano são:


- ética, direitos humanos e SS;
- Estado, Democracia e Mov. Sociais;
- Projeto ético político, trabalho de formação profissional
- mov. Estudantil, Universidade;
- Opressões, violência e Segurança Pública;
- Meio ambiente, Questão agrária e Questão urbana;
- mídia, educação e Cultura.


FAÇA SUA INSCRIÇÃO


o EDITAL para envio de trabalhos e
INFORMAÇÕES estão disponíveis em:


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

FRASE DO DIA!

UM BOM BURGUÊS
É UM BURGUÊS DEFUNTO!!!

Escute a "ópera do bom burguês"

A desmemória/4

Chicago está cheia de fábricas. Existem fábricas até no centro da cidade,
ao redor do edifício mais alto do mundo. Chicago está cheia de fábricas, Chicago
está cheia de operários.
Ao chegar ao bairro de Heymarket, peço aos meus amigos que me
mostrem o lugar onde foram enforcados, em 1886, aqueles operários que o mundo
inteiro saúda a cada primeiro de maio.
— Deve ser por aqui — me dizem. Mas ninguém sabe. Não foi erguida
nenhuma estátua em memória dos mártires de Chicago na cidade de Chicago. Nem
estátua, nem monolito, nem placa de bronze, nem nada.
O primeiro de maio é o único dia verdadeiramente universal da
humanidade inteira, o único dia no qual coincidem todas as histórias e todas as
geografias, todas as línguas e as religiões e as culturas do mundo; mas nos Estados
Unidos, o Primeiro de maio é um dia como qualquer outro. Nesse dia, as pessoas
trabalham normalmente, e ninguém, ou quase ninguém, recorda que os direitos da
classe operária não brotaram do vento, ou da mão de Deus ou do amo.
Após a inútil exploração de Heymarket, meus amigos me levam para
conhecer a melhor livraria da cidade. E lá, por pura curiosidade, por pura
casualidade, descubro um velho cartaz que está como que esperando por mim,
metido entre muitos outros cartazes de música, rock e cinema.
O cartaz reproduz um provérbio da África: Até que os leões tenham seus
próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorifícando o caçador.

(EDUARDO GALEANO - livro dos abraços. p.63)

A culpa é de quem??

Essa semana aconteceu uma palestra sobre meio ambiente , educação ambiental...na verdade um espaço para apresentar um projeto da minha universidade sobre a coleta seletiva. Porém o que se percebe mais uma vez é um projeto interessante mal divulgado por uma mazela da universidade que pouco se importou em fazer uma mobilização descente. Como sempre, isso só acontece em um meio privado quando se tem perspectiva de lucro. Nesse caso, tive que intervir e fazer uma fala que trouxesse isso, pois o que vimos foi, de um universo de 3.000 estudantes, uma plenária que contava com  cerca de menos de 50 estudantes...e quase no fim, haviam apenas 12 estudantes no local...  Temas e Palestrantes ruim ou metodologia ultrapassada e pouco atrativa???
Além do mais to cansada de ir nesses espaços e ver projetos limitados e que muitas vezes culpabilizam a sociedade por gastar água, desperdiçar energia, poluir o meio ambiente... que temos que economizar, fazer coleta seletiva, e bla bla bla...só mostrando imagens de sujeira e lixo em áreas pobes...mas num fazem o debate do modelo de sociedade que vivemos..uma sociedade CAPITALISTA de consumo exacerbado... uma indústria altamente poluente, com tecnologias que se renovam a cada segundo e torna o modelo antigo ultrapassado e vergonhoso... ter o novo é ser reconhecido...Que desgraça é essa??? Uma burguesia que vive trocando essa tecnologia, como quem troca de roupa e acabam  ditas “ ultrapassadas” num tempo assutadoramente preocupante a cada novo modelo de celular, computador...e o pobre que polui???
As empresas e industrias que criam essas tecnologias, despejam milhões de toneladas de poluentes nos solos, nas águas, no ar...e o pobre que polui??? Essas mesmas industrias que criam coisas cada vez mais descartáveis e incentivam o consumo o tempo inteiro em nome do lucro...e a culpa é de quem????
Culpabilizemos o sujeitos certos, lutemos por uma sociedade mais justa, igualitária, socialista! Façamos a revolução!

domingo, 21 de agosto de 2011

EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA





"Comunicamos a todos/as que a Campanha "Educação não é fast-food:diga não a graduação à distancia em Serviço Social" está momentaneamente fora do ar, em cumprimento a liminar proferida pelo juiz da 8ª Vara Federal de Campinas-SP, que determinou o recolhimento imediato de todo material da referida campanha, sob pena de multa diária. O conjunto CFESS-CRESS, ABEPSS e a ENESSO estão preparando sua defe...sa jurídica e lamentam profundamente que, uma sociedade democrática, não seja garantida a liberdade de expressão na defesa de uma política pública que viabilize a educação como direito.
Avançamos os direitos previstos na CF. de 88, que assegura a plena liberdade de manifestação e expressão do pensamento SEM CENSURA [Art.5º,IX]
SIGAMOS NA DEFESA DA EDUCAÇÃO  PÚBLICA, LAICA, PRESENCIAL E DE QUALIDADE onde todas e todos, sem distinção, tenham acesso!!!"

A educação não é uma mercadoria que se vende por ai onde o que importa são apenas os lucros e dane-se a qualidade.... estamos formando mão-de-obra pro mercado ou queremos UMA UNIVERSIDADE QUE FORME seres críticos e políticos???  
Muitos morreram para que tivessemos uma liberdade de expressão...mas parece ter sido em vão...
não podemos usar as palavras para expressar nossas insatisfações...Fomos proibidos de usar uma palavra que melhor definiu essa modalidade de ensino EAD : "fast- food!! Isso mesmo! A educação virou mercadoria, um LANCHINHO RÁPIDO DE ESQUINA ... pelo menos ainda não privatizaram o direito de pensar!!

Devemos todos lutar pela qualidade da educação no Brasil e no mundo...uma educação que não se limite à informação como no ensino à distância onde as matérias jé vêm resumidas nas apostilas.... Alienação??? não...BOBAGEM...IMPRESSÃO SUA!!!Rs...

Por isso, mais do que lutar para que 10% do PIB vá para educação, é necessário que pautemos a qualidade de como essa verba será investida...para que o sistema de ensino não se sobrecarregue, brotando "escolas em cada esquina" sem uma mínima melhora da qualidade da educação e do salário dos professores, de todo conjunto do sistema de educação!

(Carol Garcia)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Saudade!!

Quero estar aqui e lá
em todo lugar
em cada esquina, em cada olhar
Carência??? Imagina...
É Apenas saudade de todas as gentes 
com seus carinhos, umbigos e seus afagos
das cantigas toscas e animadas das alvoradas coletivas.
do soninho coletivo...
do banho gelado e as vezes coletivo...
de café da manhã na cama....
do rango coletivo..
dos grupos de discussões... intervenções!!
do debate político... que é visto por alguns como um espaço "despolitizado"
VAI ENTENDER!!!
saudade das místicas, dos tempos tarefa...
das amizades construídas e do carinho....
O movimento estudantil é um poko disso,
um poko daquilo...
um monte de loucos que querem mudar o mundo!!
e como eu sinto falta de tudo isso e
de todas essas gentes maneiras
quando eu volto pra casa!!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

"A elite brasileira mostra a sua cara"


Editorial da ed. 439 do Brasil de Fato
“Há casos folclóricos nos hangares do Campo de Marte. Como o da milionária que mandou o cão para o veterinário de helicóptero. Dona da aeronave, ela estava em Maresias (litoral norte) e viu o cãozinho comer a marmita de seu segurança. Ela mandou o piloto voltar imediatamente a São Paulo para fazer exames no pet", relata um piloto, que pede para não ser identificado.

Acredite. O trecho acima foi extraída da coluna de Eliane Trindade, publicado na Folha de S. Paulo, sob o título: “Helicóptero é usado para ir à balada e ao pet shop”.
Esse fato mostra a absoluta falta de escrúpulos dos poucos privilegiados do nosso país e demonstra mais uma vez o caráter e a natureza da elite brasileira. “Pensei que a história da dona Vera Loyola, há uns quatro anos, ter enviado seu cãozinho para o cabeleireiro de helicóptero e, em seguida, explicado aos jornalistas que o fez "porque o Rio é uma cidade muito violenta" fosse o 'top de linha' do escárnio”, diz o jornalista Alipio Freire. No entanto, segundo ele, a cada dia, a elite brasileira - a burguesia no Brasil - mostra sua face de absoluto desprezo e de humilhação contra aqueles aos quais passou a se referir como PPPs (Pretos, Pobres e da Periferia).
Essa notícia só reforça uma característica de parte do Brasil e uma herança maldita: uma burguesia com a cabeça colonizada, saudosa dos tempos da nobreza, realeza. Nossa memória não precisa ser muito estimulada para recordarmos do cão com coleira de diamantes de uma tal socialite, seguido de afirmações de que tal animal era provido de tanta doçura que o feito era pouco. Essa elite, consumista, não se importa de passar o ridículo por algo desta natureza. É a reafirmação de que é uma elite ignorante, colonizada, subserviente, babona, que sonha com o dia em que o Brasil será uma mistura dos paraísos europeus e estadunidense. Dizem que essa mamãe do cão pediu ajuda gritando “help”. E uma coincidência: a opulência sempre combinada com segurança, mal pagos, mal tratados, a ponto de ter uma quentinha que poderia fazer mal para o pobre cão.

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Contradição ou coerência?
Nem mesmo os poucos avanços obtidos com a Constituição Federal depois de muita luta são respeitados, como demonstramos em edições anteriores do Brasil de Fato. As bandeiras do povo, tais como a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim do fator previdenciário, resgatar o direito de greve, são bandeiras que essa elite reage com veemência.
Portanto, conhecer melhor os inimigos do povo é um desafio para compreender que essa burguesia só se submete com luta, se forçada pela pressão das massas e do povo organizado. Nada virá de negociações ou concessão.
Essa postura das elites brasileiras, que gasta mais com a alimentação de um cão do que de um trabalhador, que usurpa os recursos públicos, que exige mais recursos do Estado para a (sua) segurança, é a mesma de sempre na defesa de seus privilégios. E, assim, age coerente na recusa dos direitos sociais, contrária à distribuição de renda, aos programas sociais, às políticas públicas e tudo o que pode democratizar o acesso à habitação para todos, como terra para quem trabalha, apoio aos pequenos (campo e cidade), o acesso à educação superior, dentre outros.
Essa é uma característica dessa burguesia. Que prefere integrar -se de forma subordinada à burguesia mundial a ter projeto próprio de nação. Por lucro, passam por cima de tudo, inclusive de qualquer democracia. Essa burguesia nos mostra que as necessidades históricas do povo brasileiro somente serão conquistadas com luta, mobilização e unidade. Assim, quiçá, avancemos rumo à construção de um projeto popular para o Brasil.

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Jornal BRASIL DE FATO

domingo, 10 de julho de 2011

Quem disse que IMAGEM é tudo??

O espelho que aprisiona a alma:
consumo forçado
de uma imagem barata...
Fingir ser quem não é.
É esconder a beleza natural que há dentro de cada um.
"você só pensa nessa porra de imagem"
EU me pergunto: a troco de que???
A máscara um dia se desfaz...
Plásticas: rugas, pra que te quero?
Não adianta lutar contra o tempo, contra a gravidade.
Essa é a LEI...
mas subornaram a lei e te fazem acreditar
que ser diferente e natural é bizarro..
que a velhice é algo horrível, que é o fim... que é feia..
que é FORA DE UM PADRÃO!!!
Quem quer ser um padrão???
Malditos Ianques e seu imperialismo...
maldito seja o capitalismo que 
destrói a sua auto-estima pra te fazer consumir,
que rouba a imagem das pessoas
e as torna escravas de uma só imagem...
única onde todos devem ser
iguais,
magros,
fúteis,!!
Tenha orgulho de acordar de manhã e ver no espelho,
antes de qualquer maquiagem,
a sua mais pura e bela imagem!!!



Amigo Imaginário!!

AMIGO "IMAGINÁRIO"... porque ele vai embora quando a gente cresce???
Porque a gente esquece que ele existiu?? Porque a gente num pode ter amigo imaginário depois que vira gente grande??? quem foi que disse que era minha imaginação?? As vezes da uma vontade louca de falar com alguém e muitas vezes nos pegamos falando sozinho pela rua, no trânsito, na escola, no quarto...acho que é uma vontade inconsciente de reavivar o amigo que me fizeram acreditar que era imaginário e que forçadamente as vezes pega a mala e parte das nossas vidas porque nossos pais um dia nos fizeram acreditar que eles não existem, que são fruto da nossa imaginação e que a gente ta "grandinho" pra ter um comportamento desse, só por inveja: apenas porque são incapazes de ver nosso amigo. Isso porque deixaram morrer um dia a criança que existia dentro deles e ai acabam reproduzindo o que seus pais fizeram e o que seus avós e bisa-vós também fizeram e destroem a criança que existe dentro de nós... toda uma geração destruindo a nossa imaginação... a nossa criança interior...
Mas eu me recuso a deixar isso acontecer..mesmo não vendo mais mais o meu amigo, eu sei que ele existiu e que ainda existe. ele só ta perdido por ai..., eu quero deixar viva a criança que existe dentro de mim....quem sabe um dia meu amigo não retorne!

   E vale a pena ver esse vídeo,e relembrar um amigo que fez parte da sua vida um dia...não só os "imaginários", mas todos aqueles que passaram pela sua infância, adolescência...e os que persistem até hoje ao seu lado!



 Acesse tbm no "seu tubo":  http://www.youtube.com/watch?v=tx60Sna1Qog

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A TRISTE REALIDADE DAS MULHERES!!!

Este monólogo é real.

O grande segredo de todas as mulheres, com referência aos banheiros, é que desde muito pequena, tua mãe te levava e te ensinava a limpar atampa da bacia com papel higiênico e depois colocava cuidadosamente por todo o perímetro do assento pedaços de papel higiênico. Finalmentete instruía: Nunca, mas nunca mesmo você deve sentar num banheiro público. E depois, te mostrava “a posição” que consiste em “quase”sentar-te, mas sem que teu corpo tenha NENHUM contato com a bacia.A posição” é uma das primeiras lições de vida de uma menina. Super importante e necessária, que nos acompanhará pelo resto de nossas vidas.Até hoje, já adultas, “a posição” é dolorosamente difícil de manter, quando tua bexiga está a ponto de estourar. Aí você precisa ir a um banheiro público e depara com uma fila gigante, que te faz pensar que lá dentro deve estar o Brad Pitt. Então, você se resigna a esperar,sorrindo amavelmente para as demais mulheres, que também estão discretamente cruzando as pernas e braços, naquela posição oficial de“estou me mijando”...Finalmente, chega tua vez; isso, se não chega aquela típica mamãe, com a filhinha que não se agüenta mais...Então você verifica cada cubículo, por baixo das portas, para confirmar se há pernas. Todos estão ocupados. Finalmente, uma porta se abre e você se lança, quase fazendo voltar quem estava saindo...Você entra e percebe que a fechadura não funciona (nunca funciona); não importa... Você pendura a bolsa no suporte da porta, só que não há um suporte (quase nunca há); você inspeciona o local, o chão está cheio de líquidos indefinidos e claro, você não vai deixar sua bolsa no chão. Então você a pendura no pescoço, enquanto olha como ela balança... sem contar que a alça, devido ao peso parece te cortar a nuca. Isto porque a bolsa está cheia de “coisinhas” que você foi botando lá dentro, a maioria das quais você nem usa, mas você as tem,porque e se precisar? Mas voltando à porta... Como a fechadura não funciona, a única solução é segurá-la com uma mão, enquanto com a outra, num movimento brusco,você abaixa as calças e fica na “posição”... Alívio... Aahhhhhh... finalmente... Nessa hora, teus músculos começam a tremer... Porque você está suspensa, com as pernas flexionadas, a calcinha cortando a circulação, o braço estendido, fazendo força contra a porta e uma bolsa de 5 quilos pendurada no pescoço.Você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o vaso, nem de forrá-lo com papel; mentalmente, você acha que nada aconteceria, mas avoz de tua mãe retumba na tua cabeça “jamais sente num banheiro público!!!” Então, você fica na “posição” com as pernas tremendo... E por uma falha de cálculo entre as distâncias, uma salpicada finííííííííssima do jato te salpica na bunda e te molha até as meias!!!Por sorte você não molha os sapatos, mas é que adotar “a posição” requer muita concentração.Para afastar de tua mente essa “desgraça”, você procura o rolo de papel higiênico maaaaas, não há...... O rolo está vazio... (sempre). Então você suplica aos céus que entre os 5 quilos de bugigangas que você carrega na bolsa, haja um miserável Kleenex, mas para procurar,você precisa soltar a porta... você duvida um momento, mas não há outra solução... E enquanto você a solta, alguém já a empurra, então você a breca, com um movimento rápido e brusco, enquanto grita OCUPAAAADOOOO!!!!!!! Então você fica com a certeza de que pode soltar a porta, porque todas escutaram a tua mensagem e ninguém tentará abri-la (nisso nós mulheres, nos respeitamos muito).Sem contar a brecada da porta, o peso no pescoço, o suor que te escorre pela testa, a salpicada de xixi nas pernas... a lembrança de tua mãe, que estaria envergonhadíssima se te visse assim; porque sua bunda nunca encostou num assento de privada pública, porque francamente, “você não sabe quais doenças poderias adquirir aí”. Você está exausta. Quando acaba, já não sente as pernas, você ajeita a roupa rapidinho e puxa a descarga, tratando de encostar a mão o mínimo possível, quem sabe as doenças....Então você vai ao lavabo. O piso e a pia estão molhados, então você não pode largar a bolsa nem por um segundo; a penduras no ombro. Não sabes como funciona a torneira; com esses sensores automáticos, você nunca sabe se aperta, se põe a mão na direção da torneira, se existe um pedal... então você tenta, até que sai um fio de água fresca, e consegue sabonete (se é que há sabonete); você lava as mãos numa postura de “corcunda de Notre Dame” para que não escorregue a bolsa...O secador de mãos, é um traste inútil, então você acaba por enxugar as mãos nas calças, porque nem pensar em usar seu Kleenex para isso e sai.Nessa hora, você vê teu acompanhante que entrou no banheiro dos homens ao mesmo tempo que você, porém já saiu há tanto tempo, que teve tempo de ler “Os Lusíadas” enquanto te esperava.“Por que você demorou tanto????” te pergunta já meio zangado.“Tinha muita fila”, você se limita a dizer.E esta é a razão porque nós mulheres vamos ao banheiro em grupos, por solidariedade, já que uma precisa segurar a bolsa e o casaco, outra segura a porta, outra passa o kleenex por debaixo da porta e assim é bem mais simples e rápido, já que assim a gente só tem que se concentrar na “posição” e a dignidade.Obrigada a todas amigas por ter-me acompanhado alguma vez ao banheiro e fazer o papel de “cabide” ou de “seguradora de porta”...E Aos homens que sempre perguntam: POR QUE VOCÊ DEMOROU TANTO?, ou POR QUE AS MULHERES VÃO ACOMPANHADAS AO BANHEIRO?... Está explicado?

(Autor desconhecido...)